Há dois anos, vários militantes se uniram em torno de um objetivo comum: resgatar o Sindicato dos Servidores Municipais de Teresina para o lado dos trabalhadores. Os agrupamentos reunidos: PSTU, PSOL, PCO, PCB e Independentes. Naquele momento, passamos por cima de diferenças com o intuito de lutar em prol da nossa categoria. Ganhamos as eleições. Fomos vitoriosos.
Durante todo este período, tentamos organizar nossas lutas específicas e também lutas gerais de interesse dos trabalhadores. Fomos firmes e combativos nos momentos de maior acirramento contra o ex-prefeito Elmano Férrer/PTB.
Agora, diante da volta do carrasco Firmino Filho/PSDB, temos a mesma disposição de luta. Por isto, defendemos de imediato a construção de uma greve geral de toda a categoria. Em nossa opinião, é o caminho mais viável para barrar o arrocho que Firmino já começa a aplicar.
No entanto, em meio aos muitos desafios e inúmeros ataques dos dirigentes da PMT, temos enfrentado também a política exclusivista e sectária do PSTU-Conlutas, que insiste em tentar fazer do nosso sindicato um mero satélite deste partido. Esquecem que fomos eleitos com o compromisso de transformar o sindicato num espaço democrático, onde as opiniões de todos fossem respeitadas.
O que vivenciamos hoje, na prática, é a implantação de uma ditadura. Concentram informações e fazem políticas de queimação de colegas que divergem de seus pontos de vista. Chegaram ao absurdo de conduzir uma reunião onde, dos dez presentes, sete eram do PSTU-Conlutas. Nessa ocasião, acusaram e condenaram pelas costas, sem direito a defesa, vários militantes de outras correntes que não estavam na reunião. No final, cassaram as atribuições da Tesoureira Geral eleita do sindicato e militante da APS, sob argumentos sórdidos e caluniosos. E fabricaram um novo tesoureiro, do próprio PSTU, para manipularem sozinhos os recursos financeiros da entidade. Veja isso de forma detalhada mais abaixo. É o aparelhismo do PSTU, que, reafirmamos, insiste em não compreender que os sindicatos devem ter não só INDEPENDÊNCIA em relação aos governos e patrões, mas também AUTONOMIA em relação aos partidos políticos.
Para que se tenha uma pequena ideia de como esses colegas têm atuado, empurraram goela abaixo da categoria uma filiação artificial de nosso sindicato a um embrião de Central Sindical, a CSP-Conlutas. Isto sem fazer um debate aprofundado e uma consulta sistemática ao conjunto dos servidores municipais de Teresina.
Este embrião de central, que pelos seus próprios registros legais descobriu-se que é uma mera ASSOCIAÇÃO, exige agora pagamentos de 5% da arrecadação mensal total do Sindserm-THE, que é hoje em média R$ 60.000 (sessenta mil reais). Este verdadeiro saque serve para que lutas da classe trabalhadora? Essa ASSOCIAÇÃO Conlutas faz concretamente o quê? Abaixo, saiba mais sobre as manobras que envolveram essa "filiação".
Mas os delírios e desvios stalinistas do PSTU não param por aí. Há algo de mais podre no ar. Desde o início do mandato, convivemos com o autoritarismo do presidente do Sindserm-THE, Sinésio Soares, que é da direção desse partido. Como quem vive em constante desequilíbrio, esse moço desconsidera as contribuições de quem é alheio a sua corrente e cria picuinhas, fofocas e intrigas contra quem não lhe bate continência. E tem ainda como marca o desrespeito, o deboche e o método vil de praticar assédio moral.
Agora recentemente, em ato de desespero por não ter o controle da tesouraria do sindicato, Sinésio e o PSTU tentam de todas as formas desqualificar e anular as atribuições da TESOUREIRA-GERAL ELEITA ANA CRISTINA VERAS, que é militante da APS-PSOL. E persegue também, de forma canalha, vários outros dirigentes eleitos do sindicato, como veremos a seguir.
No dia 26.01.2013, houve uma reunião que contou com a assinatura de 10 (dez) presentes, dos quais, 9 (nove) diretores do Sindserm-The e um membro do Conselho Fiscal. Deste total, 7 (sete) são militantes do PSTU-Conlutas.
Nesse encontro, o PSTU-Conlutas deu um show de perseguições, manobras e, com o perdão da palavra, picaretagem.
Vejam abaixo alguns dos principais pontos registrados em ATA, assinada pelos nove diretores do Sindserm-THE (sete do PSTU-Conlutas) e pelo membro do Conselho Fiscal. Ressalte-se que pela própria Ata, os diretores Zilton Duarte, CSol-PSOL, Ana Cristina Veras, PSOL-APS e Maria de Jesus Oliveira, PSOL-APS, justificaram suas ausências nessa reunião ao presidente Sinésio Soares, PSTU. E Albetisa Moreira, PCO, justificou sua ausência na reunião através do facebook. Vamos aos pontos:
1. O dirigente Renato Rodrigues (PSTU) deu informes de que as diretoras Maria Luísa, vice-presidente e PSOL, e Osmarina Lopes, diretora social e PCO se “enquadram” no art. 78 do estatuto do sindicato, ou seja,” estariam com seus mandatos suspensos”. Motivo: “teriam faltado a várias reuniões de diretoria”. Renato não informou na reunião, contudo, que ele próprio abandonou em 2012, sem justificativas à base, a tarefa de representante do Sindserm-The numa Comissão de Sindicância da PMT, deixando muitos servidores órfãos da experiência e do bom trabalho que lá desenvolvia. Há algum artigo nesse Estatuto onde essa conduta do colega Renato poderia se enquadrar? Ou o estatuto do sindicato só serve para punir quem não é do PSTU-Conlutas?
2. Ainda sobre esse ponto que trata de “ausência de diretores”, há um dado no mínimo cômico. Rogério Chaves Bezerra (PSTU), 1º Secretário Geral do sindicato e relator da Ata da Reunião Gopista, ausentou-se desde o início do mandato (2011) por conta de problemas pessoais, segundo teriam justificado seus pares de partido. Esse colega sequer participou das greves e outras lutas da categoria nesse período. O mesmo também se aplica a Paulo Martins, secretário de comunicação, que também é ausente do cotidiano do sindicato, principalmente das greves, mas assina o documento que acusa sem direito a defesa diretores que não são do PSTU. Não há também nenhum artigo para enquadrar esses dois colegas no estatuto da entidade?
3. De acordo ainda com essa Ata e supostas declarações de Carla Mata, assessora contábil do sindicato, “a Tesoureira Geral eleita, Ana Cristina Veras, APS-PSOL, estaria dificultando a prestação de contas do sindicato com o intuito de prejudicar politicamente o presidente Sinésio Soares, PSTU”.
4. Há ainda o relato feito por Gervásio Santos, PSTU, de que Ana Veras, APS-PSOL, “estaria chateada pela filiação do sindicato à CSP-Conlutas”. A Ata fala também de “atitudes provocativas e sumiços inesperados e constantes” da tesoureira. E faz ainda outras acusações contra a mesma e ao diretor do sindicato Chiquinho Motorista, histórico ativista da categoria, destacado militante de esquerda e dirigente da APS no Piauí. Essa Ata traz também insinuações imundas e caluniosas contra a moral da dirigente Albetisa Moreira, PCO.
5. Por fim, como DELIBERAÇÃO MAIOR dessa reunião, ficou registrado em Ata que Raimundo Nonato de Brito, “coincidentemente” do PSTU, passaria dali por diante a assinar os cheques do sindicato junto ao Banco do Brasil com Sinésio Soares (PSTU). Ou seja, na prática cassaram as atribuições do mandato da Tesoureira Geral Ana Cristina Veras, APS-PSOL. E os recursos do sindicato ficaram sob o comando exclusivo do PSTU-Conlutas.
Assim, numa ação comum ao que o próprio PSTU e os trotskystas vivem a alcunhar de stalinismo e picaretagem, eles conduziram uma reunião onde a maioria absoluta era de militantes e dirigentes deles mesmos.E acusaram e julgaram pelas costas combativos socialistas de outras correntes, que sequer tiveram o direito de se defender, pelo simples fato de não estarem nesse encontro e ainda por outra manobra do PSTU-Conlutas.
Na prática, moralmente, essa reunião sequer poderia ocorrer, pois estava sem quórum político, uma vez que todos os diretores eleitos das outras correntes não participaram. Ou seja, o PSTU aproveitou a ausência dos seus companheiros de direção que militam em outras correntes para persegui-los. Mas os absurdos não pararam por aí.
Sem dar conhecimento aos acusados e condenados das discussões e decisões da traiçoeira reunião, Gervásio Santos, principal dirigente do PSTU no Piauí, Sinésio Soares, também do PSTU e outros militantes desse partido, sorrateiramente registraram a Ata dessa falsificada reunião em um cartório de Teresina. Foram terminar de burocratizar, no sentido estrito do termo, a picaretagem que fizeram.
Em seguida, foram até ao Banco do Brasil e apresentaram esse documento. Com isso, conseguiram tapear a gerência, pegaram dezenas de cheques e começaram a fazer saques utilizando a assinatura do novo tesoureiro que fabricaram, Brito, PSTU. O maior, de R$ 6 mil, teria sido destinado ao primeiro pagamento da Associação Conlutas. Os demais, não se tem conhecimento até agora a que ou a quem foram direcionados.
Aliás, e fazendo um parêntese, em relação às finanças do sindicato e às retaliações feitas pelo PSTU contra a Tesoureira Geral Ana Veras, é público que a causa maior disso é porque, em acordo com as outras correntes (exceto o PSTU, é óbvio), ela é contra que se envie dinheiro do Sindserm –THE à Associação Nacional Conlutas. Isto se dá por várias razões.
O Congresso onde a “filiação” do Sindserm-THE a essa Associação nacional ocorreu não foi suficiente para esclarecer à categoria sobre se de fato é positivo ou não filiar nosso sindicato a essa entidade. Seus estatutos não foram divulgados. Nunca foi esclarecido à base, nem pelos militantes do PSTU, que haveria contribuição financeira (5% da arrecadação total do sindicato) a essa organização. E, o mais grave: os poucos que votaram pela filiação, cerca de 65 (sessenta e cinco servidores, de uma base de mais de 20 mil), o fizeram sob os argumentos de que estariam votando pela filiação do nosso sindicato a uma Central Sindical. No entanto, quando a Tesoureira Geral Ana Veras recebeu o primeiro boleto para pagamento, surpreendentemente estava lá que a CSP-Conlutas é apenas uma Associação, algo muito distante do que foi propagandeado pelos militantes do PSTU. Ora, há ou não há muitos pontos obscuros envolvendo essa filiação?
Voltando às questões da reunião golpista e da Ata, é importante ressaltar que todos os que assinam o documento que ora apresentamos só tomaram conhecimento do teor dessa reunião golpista e de sua Ata no dia 07.02.2013, isto é,12 (doze) dias após ela ter ocorrido. E isso só foi possível porque o Banco do Brasil, após insistentes solicitações, nos informou o nome do cartório onde a tal Ata fora registrada. Foi esse estabelecimento cartorial que nos cedeu uma cópia da mesma.
Vejam, reiteramos, a gravidade política do caso. O PSTU-Conlutas dirige uma reunião onde várias acusações e condenações são feitas contra militantes de esquerda de outras correntes com quem compõem em um sindicato. Dentre os militantes acusados e condenados, nenhum estava presente nessa reunião. Ou seja, ninguém pôde se defender dos ataques. O PSTU-Conlutas se apropria então da Ata que fora relatada por um militante seu, o colega Rogério Bezerra, dirige-se a um cartório e a registra. Depois, vai ao Banco do Brasil, engana o gerente e habilita um militante do PSTU, Raimundo Brito, a assinar cheques do sindicato, ao tempo em que cassa na prática essa atribuição que, política e estatutariamente, é da Tesoureira Geral eleita Ana Veras, APS-PSOL. Em seguida, passa a atuar como se nada tivesse acontecido, sem dar qualquer justificativa formal, sobretudo em relação ao teor da Ata aqui mencionada, que ocultaram dos companheiros que lhes ajudaram a tomar o Sindserm-THE dos pelegos governistas.
Com esse tipo de política, o PSTU-Conlutas quer se notabilizar como o quê? Meros picaretas baratos da História? Burocratas atrapalhados dos movimentos sociais?
Parece-nos que as duas coisas. Em meio a todo esse dilema, mas sem que tivéssemos conhecimento ainda do teor da tal Ata, ocorreu uma grande Assembleia Geral dos servidores municipais no último dia 06.02.2013. Nesse encontro, o dirigente Chiquinho Motorista, APS-PSOL, e as dirigentes Albetisa Moreira, PCO, e Ana Veras, APS-PSOL, propuseram que se discutisse e deliberasse sobre fatos aqui elencados, mais especificamente sobre os porquês da indicação do colega Brito, PSTU, para assinar cheques do sindicato e das retaliações absurdas contra a Tesoureira Geral. Os militantes do PSTU, meio que no desespero, disseram não. Em seguida, utilizaram o velho, demagogo e pelego discurso dos burocratas da articulação petista, que, à falta de argumentos que justifiquem suas próprias malandragens, tentam desqualificar as críticas no debate sindical com a baboseira de que “isso é uma postura que só favorece os governos e patrões”. O próprio PSTU é vítima disso em todo o país.
Mas, vendo que dezenas de servidores queriam explicações sobre saques feitos no Banco do Brasil referentes ao dinheiro do sindicato, sem a assinatura da Tesoureira Geral e apenas com o aval de militantes do PSTU, o dirigente-mor desse partido, Gervásio Santos, concordou com a proposta de que os presentes à assembleia ratificassem, através de votação, os mandatos de todos os diretores eleitos com suas respectivas atribuições político-estatutárias.
A categoria então votou e fez a ratificação tal como proposto. Na prática, deliberou que quem assina os cheques do sindicato é o presidente, atualmente Sinésio Soares, PSTU, e Ana Veras, APS-PSOL. Aliás, esse é na verdade o legítimo acordo feito no final de 2010 entre todas as correntes que se aglutinaram para tomar o Sindserm-The das mãos dos burocratas e pelegos sindicalistas da PMT.
No entanto, em desrespeito à decisão dessa Assembleia, o presidente Sinésio, PSTU, com o aval de todo o seu partido, continua a espezinhar a Tesoureira Geral Ana Veras e emitir cheques do Sindserm-THE apenas com a sua própria assinatura e a do tesoureiro fabricado, o colega Brito, também PSTU. Creem, pelo que nos parece, que podem consolidar o golpe. Ou seja, debocham da situação e da base da categoria.
Ainda em relação ao sectarismo e golpismo do PSTU, o presidente Sinésio, sempre em acordo com o seu partido, quer também cassar liberações sindicais de militantes de outras correntes. Sob o argumento pífio de que desde o último congresso da categoria só há duas forças na direção do sindicato, eles mesmos e os que não comungam com suas ideias, decretaram que são maioria e, por isso, têm direitos a mais liberados. Neste sentido, devolveram recentemente uma liberada do PCO à prefeitura, sem sequer comunicar a essa dirigente. E quer liberar mais diretores do PSTU. Eles só esquecem que as correntes são autônomas em relação às outras. Qualquer unidade que façam entre si é mera circunstância. Assim, eles não podem meter o bico sujo deles nas questões que envolvem as outras organizações. O PCO, é bom que saibam, não abre mão de sua liberação. Ela não foi dada pelo PSTU-Conlutas. Mas sim pela base dos servidores municipais de Teresina.
Por fim, deixamos claro que as outras correntes de pensamento que dirigem o Sindserm-THE não vão se submeter aos interesses de nenhum grupelho político, seja PSTU-Conlutas ou não. Temos respeito por todos os que se aglutinam em organizações partidárias. Mas também temos responsabilidades com todos os servidores municipais!
Neste sentido, exigimos que os colegas do PSTU revejam imediatamente suas posturas e respeitem os acordos feitos quando nos juntamos nas eleições sindicais de 2010. E ainda que compreendam que não são donos do sindicato ou do pensamento das outras correntes.
Todas as demais pendências, inclusive o caso da Associação Conlutas, vamos resolver o mais breve possível junto à base, nas assembleias gerais que virão. O que elas decidirem é o que valerá!
Fazemos um chamado a todos para a construção da Greve Geral da categoria a se iniciar dia 18. Nada de divisionismo, exclusivismo e sectarismo de ninguém. A luta é o que nos interessa.
Assinam este documento os seguintes diretores do Sindserm-The:
Maria Luisa – Vice Presidente;
Chiquim Motorista – Assuntos Intersindicais;
Maria de Jesus Oliveira – Assuntos da Mulher Trabalhadora;
Albetisa Moreira - Assuntos da Mulher Trabalhadora;
Ana Cristina Veras – Finanças;
Lourdes Melo – Secretaria Geral;
Ana Moreira Brito - Assuntos Jurídicos;
Osmarina Moura – Assuntos Jurídicos;
Osmarina Lopes – Diretora Social e Cultural;
Zilton Duarte – Formação Sindical
Fonte: deverdeclasse.org
CONTADORA DO SINDSERM, CARLA MATA, POSTA ESCLARECIMENTOS, EM REDE SOCIAL, ACERCA DAS Divergências na diretoria do SINDSERM Teresina:
Percebo que há um erro aqui nesse caso: - Existe luta partidária dentro de uma instituição Apartidária.
Eu compareci a essa reunião de diretoria do SINDSERM, mas só fui para participar do ponto de pauta que era da minha competência, até porque meu filho de 3 anos, não estava bem de saúde nesse dia e eu só pude chegar por volta de 11horas. Vendo essa postagem, fiquei espantada com a informação sobre minha fala, porque fui convocada, como técnica para reunião em cuja pauta constava o tema organização das Finanças e Tesouraria, que é meu departamento. Fiz várias recomendações sobre as propostas de mudança que foram sugeridas sempre tentando ser imparcial e profissional. Minha fala não foi curta, pois naquilo que acredito costumo ser até prolixa. O tema ausência de prestação de contas do ano 2012 não foi o centro do debate no ponto de pauta no qual eu estava inserida, mas sim capacidade de pagamento e disponibilidade financeira para contratações de pessoal e aquisições de patrimônio.
Na minha exposição, ao contrário do que está resumido nesse texto, justifiquei a minha impossibilidade técnica pela falta das prestações de contas bimestrais em 2012, como havia sendo praticado em 2011. Eu coloquei e cobrei dos presentes a colaboração com a tesouraria para que ajudem na organização dos pagamentos e apresentação dos comprovantes de despesas em tempo hábil, pois conforme me justificou a tesoureira geral, alguns diretores não haviam repassado a ela recibos e comprovantes e desde a greve do mês de abril/2012 havia falhas nas pastas, o que acabou deixando o sistema de prestação de contas que vinha sendo executado inviabilizado. Ressaltei que as divergências e diferenças entre os vários grupos que compõe a entidade estavam deixando os profissionais e técnicos que prestam serviços para o SINDSERM em situação desconfortável e alguns casos até constrangedora, pois no meu caso em particular, cresci no movimento social, político e sindical sempre trafegando entre todas as correntes sem qualquer constrangimento, porque sempre me comporto como um ser político e não como um ser partidário, e sou amiga de quase todos os sujeitos dessa polemica.
Ainda sobre a recusa da prestação de contas pela tesoureira, vejo essa informação como algo triste e doloroso, porque esse assunto eu tenho conhecimento, mas não os reconheço como ponto de pauta e nem foi discutido abertamente nessa reunião, porque esse fato não se deu em relação as contas de 2012, mas sim relativo às contas de 2011, onde publicamente a colega Ana Cristina informou que não prestaria contas sem a exatidão das mesmas, porque restavam documentos e comprovantes para compor as pastas, o que somente foi resolvido próximo as reuniões de avaliação pelo conselho fiscal em fev/2012. Isso também foi falado na reunião pelo conselheiro Paulo Reis, mas eu não me pronunciei sobre a hipótese levantada pelos mesmos para não cometer nenhuma injustiça.
Não sei como foi transcrita a ata e não tinha visto o conteúdo dela até o dia de hoje, quando recebi a copia da mesma, mas esse pensamento partiu do amigo Sinésio, pois o mesmo declarou sentir-se prejudicado pela demora na apresentação das contas, o que ele deduziu ser proposital, e meu comentário, foi que poderia ser proposital ou não, mas a tesoureira tinha parcela de razão em protelar a analise das contas para que todos os comprovantes de despesas fossem apresentados. Eu, cobrada por alguns diretores e funcionários que precisam dos relatórios de contas para divulgar em folhetos da entidade, me senti mal por não ter respostas a dar, porque algumas informações fazem parte do sigilo profissional, mas não fiz essa afirmação, muito menos diante de uma parcela da diretoria. Demonstro sim preocupação e afirmei estar constrangida com a situação porque as pastas com comprovantes de despesas do ano 2012, realmente até a data da reunião, ainda não haviam sido repassadas por total, restando ainda os meses de setembro em diante, pois assim como estava ocorrendo em 2011, alguns colegas ainda tinham pendências a ajustar com a tesouraria.
Eu me coloquei a disposição do SINDSERM para ajudar e recebo bem para isso. Em reunião afirmei que me empenharia em realizar junto com a estagiária de administração e tesoureira a coleção dos documentos para preparar os relatórios, o que passei a fazer logo na semana seguinte.
Quando me tornei profissional da contabilidade em 2000, resolvi militar no campo do trabalho voluntário para entidades de classe e entidades sociais sem fins lucrativos. Gosto do que faço, e hoje já consigo a até viver da contabilidade para entidades do Terceiro Setor, mas ultimamente me sinto constrangida com as informações e acusações de bastidores, feitas por pessoas que amo e admiro pela contribuição e defesa da causa dos trabalhares e dos direitos sociais.
O que transparece nas falas é que eu, como profissional contradata para assessoria contábil da entidade, estou falhando ou colaborando com o interesse de algum grupo! Tenho humildade suficiente para reconhecer que não sou a melhor profissional da cidade, mas nunca quis prestar serviços ou ganhar dinheiro a qualquer custo. Eu vivo e batalho pelas coisas que acredito serem corretas e valorosas. Prezo pelo que é lícito e moral. Penso e defendo que paixões políticas não seja objeto de conversas entre pessoas que divirjam ou militem em correntes apostas porque sempre tem briga. Isso é uma verdade antiga. Dentro de uma entidade como o SINDSERM isso é inaceitável. Tem a máxima bíblica para esse tipo de conflito que afirma - Reino dividido se autodestrói!
O SINDSERM não precisa de mais polemicas. Vamos nos mobilizar para a greve e logo mais para as eleições internas no SINDSERM. Para o bem da entidade e todos os envolvidos nesse caso, sugiro que a base e os profissionais estejam de fora dessa disputa partidária.
Eu não sou neutra, mas sim procuro sempre ser imparcial e profissional, apesar da simpatia pela luta, não me sinto a vontade para ir à defesa de qualquer dos grupos que compõe a entidade sob pena de ser injusta, porque vendo de fora, todos estão batalhando pelo bem da entidade e dos trabalhadores e trabalhadoras que a compõe.
Saudações socialistas,
Carla Mata, militante social, contadora e profissional contratada pelo SINDSERM.
Sábado às 16:25
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