Arlindo Chinaglia, relator do Orçamento,
disse que o aumento é inviável. E o ministro do STF
Luiz Fux, falou que o assunto não é prioridade
O relator do Orçamento, deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP), disse neste sábado (3) que considera inviável o aumento para os funcionários do Poder Judiciário e do Ministério Público. Ontem (2), em mensagem ao Congresso Nacional, a presidenta Dilma Rousseff considerou a possibilidade. O ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal, afirmou que a proposta de aumento dos salários dos juízes não é prioridade num momento de incertezas sobre a evolução da economia brasileira.
Chinalia disse que o impacto de R$ 7,7 bilhões causado pelo aumento dos salários prejudicaria a aplicação de recursos em outras áreas e o ajuste fiscal do governo. “O Congresso não esteve alheio a essa questão da crise, não é agora que vai estar. A prioridade é o equilíbrio fiscal”.
Além disso, na opinião dele, beneficiaria apenas uma parcela dos servidores públicos. “Eu não vejo possibilidade de beneficiar um só Poder com todo este montante”, disse o relator ao chegar ao Congresso do PT, em Brasília. Existem atualmente cinco projetos de reajuste para servidores do Poder Judiciário, do Ministério Público Federal e dos ministros do Supremo Tribunal Federal.
O presidente da Câmara dos Deputados, Marco Maia (PT-RS), disse que o ideal seria que todas as categorias tivessem o poder de compra recuperado com o reajuste da inflação, mas até isso parece estar distante dos funcionários do Judiciário. “Não sei se nós teríamos condições hoje de reajustar de acordo com a inflação, porque o valor é astronômico”. No ano passado a inflação foi 5,9%.
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