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sábado, 27 de dezembro de 2014

Quem são os ministros que iniciam o segundo mandato de Dilma Rousseff

OS MINISTROS DE DILMA ROUSSEFF
O ministro da Fazenda, Joaquim Levy (Foto: Wilson Dias/ABr)

Joaquim Levy, Ministério da Economia
Joaquim Levy é PhD em economia pela Universidade de Chicago, famosa pela defesa do liberalismo econômico. Antes da nomeação, atuava como diretor do Bradesco. Levy trabalhou no Fundo Monetário Internacional (FMI) e no Banco Interamericano de Desenvolvimento. No Brasil, foi secretário do Tesouro Nacional entre 2003-2006, durante o governo Lula. Na época, chegou a entrar em confronto com a própria Dilma, que era ministra da Casa Civil, quando fez parte de uma equipe do Ministério da Fazenda que recomendou controle de gastos públicos e limite a despesas de programas sociais. Após sair do governo, foi secretário do Estado da Fazenda do Rio, durante o primeiro mandato do governador Sérgio Cabral. Em 2012, apareceu em fotos divulgadas por Anthony Garotinho para criticar o governo Cabral. As fotos, feitas em 2009 em Paris, mostravam Cabral e vários membros do governo, entre eles Levy, ao lado do empresário Fernando Cavendish, o dono da construtora Delta acusado de corrupção. Levy saiu do governo Cabral em 2010 após defender cortes de gastos públicos e, por isso, entrar em atrito com o governo.
Alexandre Tombini (Foto: Agência Brasil)
Alexandre Tombini (sem filiação), Banco Central do Brasil
Alexandre Tombini é um dos ministros que Dilma decidiu manter no governo. Ele foi nomeado presidente do Banco Central em 2010,e continua no cargo desde então. Tombini é economista, com PhD pela UNiversidade de Illinois. Antes de ser nomeado para o BC, atuou como assessor no Ministério da Fazenda e foi o reprersentante brasileiro no Fundo Monetário Internacional (FMI). Durante seu período no BC, foi responsável pela política de diminuição de juros, com a taxa Selic chegando a 7,25% em 2012. No entanto, recebeu fortes críticas pela forma como o Banco Central estava controlando a inflação, que voltou a subir nos últimos anos.
ANTIBIÓTICO O diagnóstico e a terapia que Nelson Barbosa prescreveu para a economia (Foto: José Patrício/Estadão Conteúdo)
Nelson Barbosa (sem filiação), Ministério do Planejamento
Nelson Barbosa é economista e professor da FGV, com Ph.D pela New School for Social Research, de Nova York. Ele já exerceu diversos cargos na esfera pública, com passagens pelo Banco do Brasil, BNDES e Ministério da Fazenda. Seu último cargo público foi de secretário-executivo no Ministério da Fazenda, entre 2011-2013. Barbosa já está trabalhando com Dilma desde novembro, quando foi nomeado assessor especial para fazer a transição depolítica econômica ao lado do futuro mininstro da Fazenda, Joaquim Levy. Barbosa disse que trabalhará para adequar o orçamento no ano que vem e aumentar as taxas de investimento e produtividade da economia.
Após ser anunciado como novo ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, o senador Armando de Queiroz Monteiro Neto, fala à imprensa no Palácio do Planalto (Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)
Armando Monteiro (PTB-PE), Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio
Formado em Administração e Direito, Armando Monteiro atua na política desde 1990. É atualmente senador pelo Estado de Pernambuco e foi eleito por três vezes deputado federal. Em 2014, disputou as eleições para o governo de Pernambuco, mas foi derrotado. No setor industrial, foi presidente da Federação das Indústrias do Estado de Pernambuco (FIEPE) e presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI) entre 2002-2010. Sua passagem pela CNI faz com que seja visto com reservas pelo setor sindical.
Kátia Abreu (Foto: Divulgação)
Kátia Abreu (PMDB-TO), Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento
Atualmente senadora pelo Tocantins, Kátia Abreu entrou no mundo do agronegócio após a morte de seu marido em um acidente de avião, em 1987. Hoje, é uma das maiores pecuaristas do país. Entrou para a política em 1998, eleita deputada pelo extinto PFL. Foi eleita senadora em 2006, e reeleita no ano passado. Presidente da Confederação Nacional da Agricultura (CNA), Kátia Abreu se tornou líder da bancada ruralista no Congresso e é conhecida pela defesa de posições polèmicas sobre as políticas ambientais, reforma agrária e demarcação de terras indígenas. Em 2010, durante os acalorados debates do Código Florestal, foi apelidada de "Miss Desmatamento" pela ONG Greenpeace. Kátia Abreu fez oposição ao governo Lula, mas se aproximou do PT durante o governo Dilma após deixar o DEM (ex-PFL) em 2011. Atualmente, está no PMDB.
Helder Barbalho (Foto: Divulgação)
Helder Barbalho (PMDB-PA), Ministério da Pesca e Aquicultura
Helder Barbalho é filho de Jader Barbalho, importante cacique político do PMDB do Pará que foi senador - e teve que renunciar ao mandato envolvido em acusações de corrupção. Um dos mais jovens ministros nomeados, Helder foi vereador e deputado estadual e prefeito de Ananindeua, região metropolitana de Belém. Este ano, disputou as eleições para o governo do Pará, mas foi derrotado por Simão Jatene. Além da trajetória política, ele apresenta um programa de rádio em uma emissora local.
Cid Gomes (Foto: Agência Brasil)
Cid Gomes (PROS-CE) - Ministério da Educação
Governador do Ceará, está encerrando seu segundo mandato. Em outubro de 2013, Cid Gomes e seu irmão Ciro Gomes deixaram o PSB para entrar no recém-criado PROS. A troca ocorreu porque não concordavam com o rompimento com o governo federal e a candidatura própria do PSB à Presidência, com Eduardo Campos. Cid afirmou que se manteria fiel à presidente Dilma Rousseff e trabalhou na reeleição da petista. O Programa de Alfabetização na Idade Certa, que desenvolveu como prefeito de Sobral (1997 a 2004), inspirou o Pacto Nacional de Alfabetização na Idade Certa, do Governo Federal. Logo após ser nomeado, Cid afirmou que a prioridade à frente do Ministério da Educação será o ensino médio. O PROS obtém com a nomeação de Cid um ministério que era comandado por nomes do PT desde o primeiro mandato de Luiz Inácio Lula da Silva.
Aldo Rebelo (Foto: Divulgação)
Aldo Rebelo (PCdoB), Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação
Jornalista e deputado federal eleito por cinco mandatos consecutivos, comandou o Ministério do Esporte por três anos, de outubro de 2011 até agora. No período, entrou em atrito com a Fifa e a organização da Copa do Mundo no Brasil – que, ao fim, foi considerada um evento bem sucedido. Em seu trabalho legislativo, foi relator do novo Código Florestal, quando foi bastante criticado por ambientalistas. À frente do Ministério de Ciência e Tecnologia, provavelmente, deverá se envolver outra vez no debate com esse setor em questões como os incentivos às pesquisas e ao desenvolvimento de soluções para o Brasil enfrentar as consequências do aquecimento global.
Jaques Wagner (Foto: Agência Brasil)
Jaques Wagner (PT-BA), Ministério da Defesa
Jaques Wagner está na política desde o final da década de 1960, quando atuava no movimento estudantil. Foi perseguido pela ditadura militar e se tornou um dos fundadores do PT e da Central Única dos Trabalhadores (CUT). Durante o governo Lula, foi ministro do Trabalho e assumiu a Secretaria de Relações Institucionais em meio à crise do mensalão. Wagner foi eleito governador da Bahia em 2006, foi reeleito e conseguiu, em 2014, eleger o seu sucessor, o também petista Rui Costa.
Gilberto Kassab (Foto: Divulgação)
Gilberto Kassab (PSD-SP) - Ministério das Cidades
E o ex-prefeito de São Paulo chegou à Esplanada dos Ministérios. Gilberto Kassab fundou o PSD em 2011, deixando o DEM e a oposição. Com ele, migraram muitos de seus partidários em direção à base aliada. Ex-opositor ao PT, reforçou o governo no Congresso nos últimos anos. Hoje o PSD tem 45 deputados federais. Apesar de ter perdido cadeiras nas últimas eleições – elegeu 37 em outubro –, continuará como uma grande força na Câmara, sendo a quarta maior bancada da Casa, atrás de PT, PMDB e PSDB.
Eduardo Braga (Foto: Divulgação)
Eduardo Braga (PMDB-AM) - Ministério de Minas e Energia
O líder do governo no Senado substituirá Edison Lobão. O senador tem bom trânsito com a ala rebelde do PMDB, bastante ativa neste ano eleitoral. Durante os últimos dois anos, Eduardo Braga foi o responsável pela articulação política entre o Planalto e o Senado. Entre os projetos em que atuou pela vitória do governo, destaca-se a aprovação do Código Florestal. Governador do Amazonas de 2003 a 2010, acabou derrotado em 2014 pelo atual governador José Melo (PROS) na disputa para retornar ao cargo.
George Hilton (Foto: Divulgação)
George Hilton (PRB-MG) - Ministério do Esporte
O PRB foi trocado da Pesca para o Esporte, que era há 12 anos comandado pelo PCdoB, deslocado para a pasta de Ciência e Tecnologia. George Hilton está em seu terceiro mandato na Câmara dos Deputados e, na página, da Casa tem como profissões: radialista, apresentador de televisão, teólogo e animador. Ligado à Igreja Universal do Reino de Deus, George Hilton comandará uma pasta que continuará sob os holofotes com a aproximação da Olimpíada de 2016, no Rio de Janeiro.
Vinícius Lages (Foto: Agência Brasil)
Vinícius Lages (PMDB-AL), Ministério do Turismo
Vinícius Lages é doutor em sócio-economia na França e, antes de entrar para o governo, atuava na gerência do Sebrae. Assumiu o ministério do Turismo em março de 2014, quando a presidente Dilma fez uma reforma ministerial para permitir que ministros saíssem do governo para disputar as eleições. Uma escolha técnica, já que foi representante no Conselho Nacional do Turismo entre 2003 e 2007, a nomeação de Lages irritou o PMDB, que boicotou a posse em março. No entanto, Lages contou com o apoio de um dos principais nomes do partido, o senador Renan Calheiros, e é hoje filiado ao próprio PMDB.
Edinho Araújo (Foto: Divulgação)
Edinho Araújo (PMDB-SP) - Secretaria de Portos
Edinho Araújo comandará a secretaria especial com status de ministério criada em 2007. O deputado federal – reeleito para seu quarto mandato – é um nome do grupo do vice-presidente da República, Michel Temer no PMDB paulista. Vice-líder do partido na Câmara, relatou a lei que criou a Comissão nacional da Verdade.
Eliseu Padilha (Foto: Divulgação)
Eliseu Padilha (PMDB-RS) - Secretaria de Aviação Civil
O vice-presidente Michel Temer abriu mão de ter na pasta com status de ministério Moreira Franco, mas obteve a nomeação de um dos seus aliados mais próximos: Eliseu Padilha. Membro do partido deste 1966, quando ainda era MDB, atualmente, Eliseu Padilha comandava a Fundação Ulysses Guimarães. O nome do novo ministro enfrentou resistência do Planalto, conforme noticiou o G1. O peemedebista foi ministro dos Transportes de Fernando Henrique Cardoso, de 1997 a 2001, quando deixou a pasta após ser acusado de receber propina. O processo foi arquivado. Nas campanhas presidenciais de 2002 e 2006, apoiou o PSDB. Neste ano, atuou fortemente no Rio Grande do Sul, pela reeleição de Dilma.
Nilma Lino Gomes (Foto: Divulgação/ Unilab)
Nilma Lino Gomes (sem filiação), Secretaria de Igualdade Racial
Nilma Gomes é pedagoga e socióloga, com doutorado pela Universidade de Coimbra, em Portugal. Em 2013, se tornou a primeira mulher negra a assumir o comando de uma universidade federal, quando se tornou reitora da Unilab, no Ceará. Antes disso, atuou na promoção da política de cotas da UFMG.
Valdir Simão, em foto de 2010, quando era presidente do INSS (Foto: Divulgação)
Valdir Simão (sem filiação), Controladoria-Geral da União
Valdir Simão assume o lugar de Jorge Hage na Controladoria-Geral da União - o órgão responsável por fiscalizar os outros ministros e investigar denúncias de corrupção no governo. Escolha técnica, Simão é auditor de carreira na Receita Federal. Ele já trabalhou no governo Dilma, entre 2011 e 2013, como secretário-executivo do Ministério do Turismo.
                    REDAÇÃO ÉPOCA

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