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quinta-feira, 30 de junho de 2011

Câmara aprova anistia criminal a bombeiros do Rio

A Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ) da Câmara dos Deputados aprovou, nesta quinta-feira (30), um projeto de lei substitutivo que reunia o texto de três propostas que tratam da anistia aos cerca de 400 bombeiros e dois policiais militares do Rio de Janeiro. Os projetos foram aprovados em caráter conclusivo (sem necessidade de ir ao plenário) e agora seguem para o Senado.

O texto aprovado inclui os bombeiros do Rio na anistia concedida pela lei 12.191/2010, a policiais e bombeiros militares de oito estados (RN, BA, RR, TO, PE, MT, CE, SC) e Distrito Federal, punidos por participar de movimentos reivindicatórios por melhorias de salários entre 1997 e 2010.

Conforme a assessoria da presidência da Casa, a decisão de votar as matérias ainda nesta quinta foi tomada após acordo entre o presidente da Câmara, deputado Marco Maia (PT-RS), e o presidente da comissão, deputado João Paulo Cunha (PT-SP).

A CCJ do Senado já havia aprovado na semana passada em caráter conclusivo um outro projeto de anistia aos bombeiros. Esse projeto ainda precisa ser analisado pela Câmara.

A assessoria de Marco Maia disse que a escolha de votar os textos criados na Câmara e de não esperar o que foi aprovado no Senado, de autoria do senador Lindberg Farias (PT-RJ), foi devido ao tempo. Segundo eles, o texto de Lindberg Farias não era consensual e teria que sofrer alterações, o que retardaria ainda mais o processo de anistia.

Um dos porta-vozes do grupo de militares que veio a Brasília para uma manifestação em frente ao Congresso nesta quarta-feira (29), cabo Balthar, informou que o grupo acompanhou a reunião da CCJ nesta quinta e que agora retornam diretamente para o Rio.

quarta-feira, 29 de junho de 2011

Alerj aprova anistia administrativa a bombeiros

Os deputados da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj) aprovaram, na noite desta terça-feira (28), o projeto de lei 644/2011, que concede anistia administrativa aos mais de 400 bombeiros e a dois PMs presos após ainvasão ao quartel central da Corpo de Bombeiros, no último dia 3. Isso significa que eles não poderão ser punidos pela corporação.

O projeto de lei foi aprovado por unanimidade pelos 60 deputados presentes e seguirá para sanção do governador Sérgio Cabral, que jáprometeu sancioná-lo, segundo o presidente da Alerj, deputado Paulo Melo (PMDB).

Paulo Melo adiantou ainda que o governo já acenou também para a possibilidade de dar o vale-transporte, uma das principais reivindicações da categoria. No entanto, ele não confirmou de onde sairá o recurso para o pagamento.O deputado informou também que a questão deverá ser conduzida pelo secretário estadual de Defesa Civil e comandante-geral do Corpo de Bombeiros, coronel Sérgio Simões.

Projeto
Em nota oficial divulgada na noite desta terça-feira, a Alerj informou que o projeto de lei 644/2011 é de autoria de 50 deputados. Os 12 deputados estaduais da base apelidada de "pró-bombeiros" não foram incluídos na autoria do projeto, o que causou insatisfação ao grupo. Antes da votação, os deputados da base governista trocaram farpas com os representantes da oposição.

Muitos bombeiros que compareceram ao plenário da Alerj para acompanhar as votações comemoraram a decisão, cantando o hino da corporação e gritos de guerra. Eles foram ao plenário com camisas vermelhas e cartazes pedindo a anistia criminal e administrativa aos mais de 400 colegas que foram presos.

Reajuste de 5,58% e Funesbom
Mais cedo, os deputados aprovaram a antecipação para julho do reajuste de 5,58% para os bombeiros e funcionários do setor da segurança do estado, como policiais militares e civis, que também será encaminhado para a sanção de Cabral. Anteriormente, o projeto havia recebido 32 emendas, mas nenhuma delas foi aprovada.

Também foi aprovado o projeto de lei que modifica a finalidade de uso do Fundo Especial do Corpo de Bombeiros (Funesbom). Com isso, parte do fundo pode ser usado para pagamento de gratificações aos bombeiros. Antes, o fundo era utilizado para a compra de equipamentos para a corporação. O projeto, que foi aprovado com o texto original, também seguirá para a sanção do governador.

No entanto, os bombeiros são contra as gratificações e querem o aumento do piso salarial de R$ 950 para R$ 2 mil líquido. E também reivindicam o vale-transporte.

terça-feira, 28 de junho de 2011

Alerj aprova antecipação de reajuste a bombeiros

Projeto será encaminhado para a sanção do governador.

Também foi aprovado projeto que modifica

uso de fundos dos bombeiros.

A Assembleia Legislativa do Rio (Alerj) aprovou nesta terça-feira (28) a antecipação do reajuste de 5,58% para os bombeiros e funcionários do setor da segurança do estado, como policiais militares e civis. Anteriormente, o projeto havia recebido 32 emendas, mas nenhuma delas foi aprovada. O projeto agora será encaminhado para a sanção do governador Sérgio Cabral.

Também foi aprovado o projeto de lei que modifica a finalidade de uso do Fundo Especial do Corpo de Bombeiros (Funesbom). Com isso, parte do fundo pode ser usada para o pagamento de gratificações aos bombeiros. Antes, o fundo era utilizado para a compra de equipamentos para a corporação. O projeto, que foi aprovado com o texto original, também seguirá para a sanção do governador.

No entanto, os bombeiros são contra as gratificações e querem o aumento do piso salarial de R$ 950 para R$ 2 mil líquido. Eles também reivindicam o vale-transporte.

Anistia administrativa será sancionada por Cabral, diz Alerj

O presidente da Alerj, deputado Paulo Melo (PMDB), afirmou, na tarde desta terça-feira que o governador Sérgio Cabral vai sancionar o projeto de lei que prevê a anistia administrativa aos mais de 400 bombeiros e aos dois policiais militares que foram presos após a invasão do quartel central do Corpo de Bombeiros no dia 3 de junho. A anistia está prevista para ser votada em caráter extraordinário ainda nesta terça.

Melo adiantou que o governo já acenou também para a possibilidade de conceder o vale-transporte. No entanto, ele não confirmou de onde sairá o recurso para o pagamento.

O deputado informou que a questão deverá ser conduzida pelo secretário estadual de Defesa Civil e comandante-geral do Corpo de Bombeiros, coronel Sérgio Simões.

Muitos bombeiros compareceram ao plenário da Alerj para acompanhar as votações. Eles foram ao plenário com camisas vermelhas para acompanhar a votação e trouxeram cartazes pedindo a anistia criminal e administrativa aos mais de 400 colegas que foram presos.

No último domingo (26), centenas debombeiros fizeram uma passeata pedindo a anistia criminal e administrativa. Professores da rede estadual de ensino, policiais militares e funcionários públicos também participaram do protesto. Depois da caminhada, osbombeiros fizeram uma carreata da Zona Sul a Zona Oeste.

Senado aprova anistia

A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado aprovou, no dia 22, um projeto de lei que anistia os bombeiros do Rio de infrações previstas no Código Penal Militar e no Código Penal. O projeto de lei foi aprovado em caráter terminativo (sem necessidade de ser aprovada em plenário) e segue para análise da Câmara dos Deputados. Se aprovada pelos deputados, a proposta vai à sanção presidencial.

segunda-feira, 27 de junho de 2011

Myrian Rios causa polêmica ao relacionar gays com pedofilia no Rio

Assessoria da deputada estadual disse que houve um 'mal-entendido'. Ela é contrária à PEC 23/2007, que deve ser votada em agosto.

A deputada estadual Myrian Rios (PDT - RJ) causou polêmica entre homossexuais e simpatizantes ao declarar-se contra a PEC 23/2007, que muda a constituição do estado do Rio incluindo a orientação sexual como direito fundamental.

Ao discursar na Assembleia Legislativa do Rio (Alerj), na última terça-feira (22), ela disse que não contrataria empregados gays para trabalhar em sua casa, já que eles poderiam praticar pedofilia contra seus filhos e utilizar a prerrogativa da PEC para se manter no emprego, mesmo após cometer o crime.

“Eu tenho que ter o direito de não querer um funcionário homossexual na minha empresa, se for da minha vontade. Digamos que eu tenho duas meninas em casa, seja mãe de duas meninas, e resolva contratar uma babá. E essa babá mostra que a orientação sexual dela é de ser lésbica. Se a minha orientação sexual não for essa, for contrária, e eu querer demiti-la, eu não posso. Eu vou estar enquadrada nessa PEC, como preconceituosa e discriminativa. Ué são os mesmos direitos", afirmou.

Myrian Rios continuou o seu discurso, dizendo que "o direito que a babá tem de se manifestar da orientação sexual dela como lésbica, eu tenho como mãe, de não querê-la na minha casa, para ser babá das minhas filhas. Me dá licença? São os mesmo direitos. Com essa PEC, eu vou ter que manter a babá na minha casa, cuidando das minhas meninas, e sabe Deus, se ela inclusive não vai cometer a pedofilia com elas. E eu não vou poder fazer nada. Eu não vou poder demiti-la”.

Este é o primeiro mandato de Myrian Rios como deputada estadual. Em sua ficha no site da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj), ela diz que tem duas formações - atriz e missionária católica.

Motorista homossexual

Myrian Rios diz ainda que caso contratasse um motorista para seus filhos, e ele fosse gay, ele poderia também cometer pedofilia contra seus filhos.

“Aqui em casa, eu gostaria que meus filhos crescessem pensando em namorar uma menina para perpetuar a espécie, como está em Gênesis. No momento em que eu descobrir que o motorista é homossexual e poderia, de uma maneira ou de outra, tentar bolinar o meu filho, eu não sei. De repente, poderia partir para uma pedofilia com os meninos. Eu não vou poder demiti-lo. A PEC não permite porque eu vou estar causando um prejuízo a esse rapaz homossexual”.

Parentes gays

Ao final de seu discurso, a deputada disse que tem parentes gays, mas mesmo assim é contra a PEC 23/2007.

“Agora é um testemunho. Eu na minha casa, eu tenho primos e familiares lésbicas e homens homossexuais. O que eu posso fazer? São pessoas íntimas da minha família, que eu respeito, que eu amo, oro, rezo, clamo e vou fazer o que? É a opção sexual deles. Agora não os desrespeito, não sou preconceituosa, não deixo de conversar com eles, não deixo de amá-los como seres humanos e filhos de Deus. Mas não vou permitir que por uma desculpa de querer proteger ou para que se acabe com a violência e a homofobia, a gente abra uma porta para a pedofilia.”

"Mal-entendido", diz assessoria

A assessoria de imprensa da deputada informou, nesta segunda-feira (27), que houve um “mal-entendido” em relação ao discurso. Ainda segundo os assessores de Myrian Rios, ela não é contra o homossexualismo e defende o direito de liberdade sexual.

A segunda votação da PEC 23/2007, de autoria do deputado Gilberto Palmares (PT-RJ), não aconteceu por falta de quórum. Segundo a assessoria de imprensa da Alerj, o presidente da casa, o deputado Paulo Melo (PMDB-RJ) vai definir uma nova data para votação, o que deve acontecer apenas em agosto, após o recesso dos parlamentares que se inicia em 1º de julho.

Nota de repúdio do Conselho Estadual dos Direitos da População LGBT

O presidente do Conselho Estadual dos Direitos da População LGBT, Cláudio Nascimento afirmou, por meio de nota, que repudia "veementemente as declarações - irresponsáveis e equivocadas da deputada estadual Myrian Rios no plenário da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) a respeito da homossexualidade, relacionando-a à prática de pedofilia".

Ele disse ainda que "homossexualidade e a pedofilia são totalmente distintas entre si" e que "jamais em uma entrevista de emprego devemos levar em consideração a orientação sexual do profissional, mas sim a sua capacidade de execução das tarefas. Tal postura se configura como um atentado violento à cidadania e aos direitos humanos de lésbicas, gays, travestis e transexuais e que deve ser combatida".

Lula é nomeado chefe de missão que representará Brasil na África

A presidente Dilma Rousseff nomeou nesta segunda-feira, 27, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva como chefe da missão especial que irá representar o governo brasileiro na 17ª Sessão Ordinária da Assembleia Geral da União Africana, que acontece de 28 de junho a 1º de julho, em Malabo, na Guiné Equatorial. O decreto com a designação de Lula para a função foi publicado no Diário Oficial da União de hoje e indica ainda como integrantes da missão o embaixador Paulo Cordeiro de Andrade Pinto, a embaixadora Eliana da Costa e Silva Puglia e a embaixadora Isabel Cristina de Azevedo Heyvaert.

Justiça autoriza casamento gay no interior de SP

Casal pediu conversão de união estável em casamento civil. Segundo associação ABGLT e TJ, é o primeiro casamento do tipo no país.

A Justiça de São Paulo autorizou nesta segunda-feira (27) o primeiro casamento civil gay do Brasil. De acordo o Tribunal de Justiça (TJ) do estado, o juiz da 2ª Vara da Família e das Sucessões de Jacareí, Fernando Henrique Pinto, homologou a conversão da união estável entre o cabeleireiro Sérgio Kauffman Sousa e o comerciante Luiz André Moresi em casamento entre duas pessoas do mesmo sexo. Segundo o TJ e a Associação Brasileira de Gays, Lésbicas e Transgêneros (ABGLT), não havia casamento civil homoafetivo no país.

Com a decisão, os dois se tornaram oficialmente casados e passarão a usar o mesmo sobrenome: Sousa Moresi. “É uma felicidade imensa. Ainda estou tentando compreender esse momento histórico. A ficha precisa cair que esse é um momento que vai ficar na história. A gente luta por tantos anos e quando acontece, a gente entra em êxtase. É por isso que eu divido e dedico essa vitória a todos os militantes”, contou ao G1 Luiz André.

Segundo Kauffman, o casamento civil chega após oito anos de união estável. No dia 17 de maio, eles foram ao cartório oficializar a união. No dia 6 de junho, pediram a conversão da união em casamento civil. Segundo o TJ, o Ministério Público deu parecer favorável ao pedido, que “foi instruído com declaração de duas testemunhas, que confirmaram que os dois ‘mantêm convivência pública, contínua e duradoura e estabelecida com o objetivo de constituir família’.”

Na manhã desta terça-feira (28), coincidentemente Dia Mundial do Orgulho LGBT, os dois irão ao Cartório de Registro Civil, em Jacareí, para buscar a certidão de casamento. "Vai ser só o protocolo porque nós já estamos casados. O casamento já existe. A única demora era o trâmite para ele ser lavrado no livro do cartório", disse Luiz André.

De acordo com o TJ, a decisão do juiz Fernando Henrique Pinto tem como principal fundamento o julgamento do Supremo Tribunal Federal, de 5 de maio, que reconheceu a união estável de pessoas do mesmo sexo como entidade familiar.

Anulação

Questionado pelo G1 sobre uma possível anulação do casamento civil gay por parte de outro juiz, tanto Luiz André quanto Kauffman se mostraram cientes de que isso pode acontecer, mas afirmaram que irão recorrer até o fim. "Se precisar, a gente leva o caso até o Supremo Tribunal Federal", disse Luiz André.

A preocupação do casal existe porque o juiz da 1º Vara da Fazenda Pública de Goiânia, Jeronymo Pedro Villas Boas, determinou no dia 18 deste mês a anulação do primeiro contrato de união estável entre homossexuais firmado em Goiás, após decisão do Supremo Tribunal Federal de reconhecer a união entre casais do mesmo sexo como entidade familiar.

Para Villas Boas, o Supremo “alterou” a Constituição, que, segundo ele, aponta apenas a união entre homem e mulher como núcleo familiar.

"É por isso que nós vamos continuar essa luta. O que nós esperamos é que o Congresso Nacional aprove a união estável porque, uma coisa é a decisão da Justiça, outra coisa é o que está na lei", disse Luiz André.

Lei que criminaliza a homofobia vai voltar à estaca zero

O projeto de lei que criminaliza a homofobia (PLC 122/06), deverá ser descartado para que uma nova proposta seja apresentada - pela bancada evangélica, segundo a senadora Marta Suplicy (PT). O trâmite, assim, voltaria à estaca zero - o projeto teria de tramitar por todas as comissões e voltar a ser votado na Câmara dos Deputados, onde já havia sido aprovado em 2006. O motivo, segundo ela, é a “demonização” do número do projeto.

“O número 122 foi demonizado por religiosos por mais de dez anos. O nome ficou muito complicado”, disse a senadora. Ela afirmou que está negociando com evangélicos da Casa - justamente os maiores críticos da proposta - e já houve consenso sobre um conteúdo. O novo texto deverá amenizar o tom atual, para que consiga ser aprovado.

O projeto aprovado na Câmara transforma em crime “praticar, induzir ou incitar a discriminação ou preconceito” contra gays, lésbicas e transexuais. Já o texto acordado com os evangélicos, que deverá ser reapresentado no Senado, porém, diz apenas que será crime “induzir a violência contra homossexuais”. Segundo Marta, a mudança foi aprovada pelos movimentos gays, apesar de o novo texto ser menos abrangente. “Nós conseguimos um meio termo.” As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Tribunal de Haia emite mandado de prisão para o líbio Muammar Kadhafi

As acusações são de crimes contra a humanidade. Além de Kadhafi e do filho, tribunal pediu prisão do chefe de espionage

O Tribunal Penal Internacional (TPI) emitiu, nesta segunda-feira (27), mandados de prisão para o ditador líbio, Muammar Kadhafi, seu filho Saif al-Islam e o chefe de espionagem do país, Abdullah al-Senussi, sob acusações de crimes contra a humanidade.

O procurador do TPI Luis Moreno-Ocampo disse em maio que pediu ao tribunal a emissão de mandados de prisão pelo assassinato 'pré-determinado' de manifestantes na Líbia depois que o Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas encaminhou o caso ao tribunal.

Brasileiros sobrevivem com "a corda no pescoço"

Se, do dia para noite, os bancos e as financeiras decidissem cobrar a dívida total das pessoas físicas, isto é, juros e o empréstimo principal, que chegou a R$ 653 bilhões em abril, cada brasileiro teria de entregar o equivalente a 4,8 meses de rendimento para zerar as pendências. Os cálculos levam em conta a estimativa da massa de rendimentos nacional, não apenas nas seis regiões metropolitanas.

Em dezembro de 2009, a dívida das famílias estava em R$ 485 bilhões, subiu para R$ 524 bilhões em abril do ano passado e, em abril deste ano atingiu R$ 653 bilhões. Apesar dos ganhos de renda registrados nesse período, as dívidas abocanharam uma parcela cada vez maior dos rendimentos da população. Quase um ano e meio atrás, a dívida equivalia a 35% da renda anual ou 4,2 meses de rendimento. Em abril deste ano, subiu para 40% da renda ou 4,8 meses de rendimento.

"Houve uma forte aceleração do endividamento", afirma o economista Wermeson França, responsável pelo estudo. Ele observa que uma conjugação favorável de fatores levou à disparada do endividamento do consumidor. O pano de fundo foi o crescimento econômico registrado no ano passado, quando o Produto Interno Bruto (PIB) cresceu 7,5%. Além disso, bancos e financeiras abriram as torneiras do crédito, com juros menores e prazos a perder de vista.

Dados de outro estudo intitulado "Radiografia do Endividamento das Famílias nas Capitais Brasileiras", da Federação do Comércio do Estado de São Paulo (Fecomércio-SP), confirmam o avanço do endividamento do consumidor. De janeiro a maio deste ano, 64%, em média, das famílias que vivem nas 27 capitais do País tinham dívidas, ante 61% em igual período de 2010. O valor médio da dívida aumentou quase 18%, de R$ 1.298 mensais, entre janeiro e maio do ano passado, para R$ 1.527 mensais em igual período deste ano.

Depois da explosão do consumo no ano passado, Altamiro Carvalho, assessor econômico da Fecomércio-SP, diz que as medidas de aperto no crédito editadas pelo do Banco Central no fim de 2010, a elevação dos juros e a redução dos prazos dos financiamentos tiveram grande influência sobre o aumento da dívidas das famílias neste início de ano. "As vendas do comércio a partir de março apontam para uma forte desaceleração do consumo", afirma o economista, justificando que a dívida vem crescendo nos últimos meses por causa dos juros.

domingo, 26 de junho de 2011

Jim Carrey chega ao Rio e faz passeio no Corcovado

Ator está na cidade para divulgar o filme 'Os pinguins do papai'. Hospedado em Copacabana, ele conversou com fãs e tirou fotos.

O ator Jim Carrey tem dia de turista no Rio de Janeiro neste domingo (26). Na cidade para o lançamento da comédia "Os pinguins do papai", o astro canadense visitou o Corcovado e causou alvoroço entre o público que estava no Cristo Redentor.

Carrey chegou ao Brasil na noite de sábado (25) e se hospedou no hotel Copacabana Palace. Ainda neste domingo (26), o ator deve comparecer à sessão première do filme no Cinépolis Lagoon, no Leblon. A exibição será apenas para convidados.

Em "Os pinguins do papai", de Mark Waters, Carrey interpreta um homem de negócios que recebe seis pinguins como herança e tem que administrar os animais em um apartamento em Nova York. A produção estreia nos cinemas brasileiros no dia 1º de julho.

RIO DE JANEIRO: Bombeiros fazem Carreata por anistia

Bombeiros querem anistia criminal e administrativa para os 439 presos. Mais cedo, professores, PMs e funcionários públicos integraram passeata.

Depois da caminhada realizada na manhã deste domingo (26) na Zona Sul do Rio, centenas de bombeiros iniciaram no início da tarde uma carreata que segue de Copacabana em direção ao Recreio dos Bandeirantes, na Zona Oeste. Pelo menos 100 carros particulares seguem um caminhão de som em que a categoria pede a anistia criminal e administrativa para os 439 agentes presos após a ocupação do Quartel Central da corporação, no dia 3 de junho, no Centro.

Os motoristas que seguem pela Zona Sul em direção à Zona Oeste da cidade devem ter paciência, já que, como a orla está fechada em virtude da área de lazer neste domingo, o trânsito segue lento por onde passa a carreata, como a Rua Barata Ribeiro, em Copacabana, e a Avenida Vieira Souto, em Ipanema.

Passeata na Praia do Flamengo

Na manhã deste domingo, centenas de bombeiros se concentraram na Praia do Flamengo, na altura da Rua Dois de Dezembro, na Zona Sul do Rio de Janeiro.

Professores da rede estadual de ensino, policiais militares e funcionários públicos também participaram do protesto. O grupo ocupou duas faixas da Praia do Flamengo, no sentido Centro, causando retenções no trânsito.

Pelo menos três ônibus trouxeram bombeiros de outros municípios. De acordo com o cabo Daciolo, um dos líderes da categoria, durante a caminhada pela orla, em direção a Copacabana e Ipanema, para pedir apoio à população, os bombeiros colocaram fitas vermelhas nos veículos de motoristas que quiseram reforçar o protesto.

Os professores estão em greve desde o último dia 7. A categoria pede um reajuste emergencial de 26% e descongelamento do plano de carreira dos funcionários administrativos. Na próxima quarta-feira (29), os professores pretendem se reunir em nova assembleia, no Clube Municipal, na Tijuca, na Zona Norte do Rio, para discutir os rumos da greve.

Senado aprova anistia, que vai ser apreciada na Câmara Federal

A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado aprovou, no dia 22, um projeto de lei que anistia os bombeiros do Rio de infrações previstas no Código Penal Militar e no Código Penal. O movimento dos bombeiros fluminenses começou no início de junho, e reivindica melhores salários e condições de trabalho.

O projeto de lei foi aprovado em caráter terminativo (sem necessidade de ser aprovada em plenário) e segue para análise da Câmara dos Deputados. Se aprovada pelos deputados, a proposta vai à sanção presidencial.

Por volta das 11h30, os bombeiros se dirigiram para o Aterro do Flamengo, para recolher assinaturas em um abaixo-assinado pela anistia irrestrita. Segundo líderes do movimento, são necessárias pelo menos 600 mil assinaturas para o documento ter efeito e poder ser entregue às autoridades.

Professores da UFPI fazem assembleia para planejar paralisação e greve

Professores da instituição e outras categorias querem pressionar
governo para apresentar proposta

Professores da Universidade Federal do Piauí realizam assembleia geral nesta segunda-feira (27/06), às 16 horas, na ADUFPI - Associação dos Docentes da UFPI. A finalidade do encontro é discutir atividades para o dia da paralisação anunciada, prevista para 5 dejulho, determinando ainda as diretrizes da greve agendada para o mês de agosto próximo.

No dia 5 de julho está marcada uma reunião das entidades dos servidores federais com o Ministério do Planejamento, Gestão e Orçamento (MPOG). O objetivo da reunião é discutir a pauta conjunta de reivindicações dos servidores federais.

A expectativa das categorias é grande em relação à reunião conjunta. Eles esperam que o governo federal aproveite a ocasião para apresentar sua política salarial.

Segundo o presidente da ADUFPI, Mário Ângelo, "a paralisação geral dos servidores públicos federal prevista para o dia 5 de julho faz parte da campanha conjunta. Os professores das universidades federais farão desta data um dia nacional de luta para a mobilização em prol da carreira docente e da construção da greve dos docentes para agosto de 2011. Essa paralisação objetiva, ainda, pressionar o governo a atender as reivindicações das categorias em suas campanhas salariais".

As entidades dos servidores públicos federais têm demonstrado a disposição de lutar contra o que eles classificam como "políticas de desmonte da educação pública e precarização das condições de trabalho" por parte do Governo Federal.

"Os servidores públicos federais têm reafirmado a unificação do movimento em torno de eixos comuns. Reivindicam que o governo retire do Congresso as Medidas Legislativas que prejudicam os servidores. Entre essas medidas estão: o Projeto de Lei (PL) 549/09, que congela os salários dos servidores públicos por dez anos, e o PL 1992/07, que privatiza a previdência social dessas categorias", comenta Mário Ângelo.

Marina pede para sair do PV

Sem conseguir promover mudanças no comando do Partido Verde,
a candidata que conquistou 19,5 milhões de votos
deixará o partido nesta semana

Marina Silva, a mulher de saúde frágil que aprendeu a ler aos 16 anos e quase virou freira, sonha em ser presidente do Brasil. Acriana do vilarejo de Breu Velho, pobre e filha de seringueiros, Marina entrou na política em 1985, aos 27 anos, por influência do ambientalista Chico Mendes, com quem fundou o PT no Estado. A militância em favor dos seringueiros a levou rapidamente à Câmara de Vereadores de Rio Branco e, em seguida, à Assembleia do Acre. Em 1994, aos 36 anos, tornou-se a senadora mais jovem da história do país. Sempre com a causa verde na ponta de sua afiada retórica, em 2003 Marina virou ministra do Meio Ambiente do governo Lula – e começou a cobiçar a Presidência da República. No PT, porém, suas chances de disputar o cargo seriam nulas.

Em nome da utopia, Marina fez uma escolha pragmática. Convidada a ser candidata à Presidência, aceitou filiar-se ao Partido Verde, o PV, uma pequena legenda identificada não apenas com a agenda ambientalista – mas também com propostas liberais, como a legalização da maconha e do aborto. Marina, que se convertera à religião evangélica em 1997, ignorou as latentes tensões entre suas convicções religiosas e as posições liberais da plataforma verde. Apesar do bom desempenho na campanha presidencial do ano passado, não deu certo. Dois anos e 19,5 milhões de votos depois, Marina decidiu: deixará o PV. O anúncio ocorrerá nesta semana.

A união entre Marina e o PV começou com promessas e terminou em desilusões. Desilusões produzidas, sobretudo, ao sabor das inevitáveis divergências de uma campanha eleitoral. Marina e o PV, especialmente por meio de seu presidente, José Luiz Penna, discordaram em quase tudo nas eleições. Aos poucos, sua campanha separou-se da estrutura do partido. Os problemas começaram na arrecadação de dinheiro. O vice da chapa, o empresário e fundador da Natura, Guilherme Leal, centralizou os trabalhos de coleta de recursos. Os tradicionais arrecadadores do PV se incomodaram com a resistência de Leal aos métodos tradicionais – e heterodoxos – de financiamento de campanhas no Brasil, do qual o partido nunca foi exceção. Um dos dirigentes do PV conta como anedota o dia em que Marina mandou devolver uma mala de dinheiro “não contabilizado”, em linguajar delubiano, ao empresário paulista que o havia enviado.

O segundo ponto de atrito entre Marina e o PV deu-se em razão da entrada de líderes evangélicos na organização política da campanha. Pastores da Assembleia de Deus, igreja de Marina, influenciavam decisivamente na elaboração da agenda da candidata. A força deles no comando da campanha não casava com o perfil histórico do PV. Se em sua plataforma e em seu discurso o PV era favorável à legalização da maconha, do aborto e do casamento gay, era uma clara incoerência que sua candidata à Presidência se colocasse contra essas posições. O PV temia perder o eleitorado urbano, moderno, descolado. As lideranças evangélicas argumentavam que isso não seria um problema e prometiam trazer 40 milhões de votos para a candidata, caso a campanha se voltasse aos eleitores evangélicos.

Marina quer criar um partido para concorrer novamente à Presidência nas eleições de 2014

Era tão difícil conciliar a dualidade entre os evangélicos de Marina e os liberais do PV que, até o meio da campanha, Marina cumpria duas agendas: uma política, com as tradicionais visitas a prefeitos e comícios, e outra religiosa, que incluía reuniões em igrejas com pastores. Marina sofria pressão dos evangélicos para que não visitasse terreiros de umbanda e candomblé. Na pré-campanha, ela aquiesceu. Em seguida, porém, a candidata foi convencida a gastar menos tempo com os eventos religiosos – e mais em busca de votos.

Ao longo da campanha, Marina não abdicou dos jejuns religiosos que costuma fazer pelo menos uma vez por mês. Alguns próceres do PV consideram os jejuns uma irresponsabilidade de Marina, em função de sua instável saúde – ainda jovem, ela foi contaminada por metais pesados e acometida por graves doenças, como malária e hepatite. Ementrevista a ÉPOCA, há um mês, ela se irritou diante de uma pergunta sobre esse tipo de crítica. “A minha vida espiritual é assim desde que me entendo por gente. Se um critério para ser do PV é abandonar minha vida espiritual, então já sei pelo que vou optar. Vivo a minha fé e visitar igrejas faz parte da minha fé. Sou missionária da Assembleia de Deus”, disse Marina.

O terceiro motivo para o desgaste entre Marina e o PV foi político. Apesar de ter rompido com o PT, Marina mantém uma relação ambígua com o ex-presidente Lula. Suas recusas em criticar Lula publicamente durante a campanha provocaram estremecimentos entre a candidata e Guilherme Leal. Leal é simpático ao PSDB e doou dinheiro para a campanha do tucano Geraldo Alckmin à Presidência, em 2006. Por outro lado, Marina contrariou aliados ex-petistas quando decidiu não usar uma campanha em vídeo preparado por seu marqueteiro cujo slogan era “Marina, a verdadeira sucessora de Lula”. “A campanha era maravilhosa, impactante, contava a trajetória de vida dos dois, a proximidade deles”, diz um aliado. Marina mantém sua decisão: “Acho pretensioso, poderia parecer pretensioso (o vídeo). Eu tenho muita consciência do meu tamanho”.

O resultado da eleição confirmou que Marina é, ao menos em votos, a maior terceira via que o país já teve desde a redemocratização. Confirmou, também, que não havia lugar para Marina no PV – e no PV para Marina. “Não houve nenhuma sinalização do PV de que os compromissos com ela serão cumpridos, então não há condições de que ela permaneça filiada”, afirma João Paulo Capobianco, coordenador da campanha de Marina. Ele a acompanhará na desfiliação nesta semana, ao lado de outras lideranças do PV. A saída do partido não significa que Marina desistiu do sonho de ser presidente. Ela pretende criar um partido para se candidatar novamente, em 2014.